domingo, 28 de junho de 2009



São João


carros cheios, conversa fiada. fotos, muitas fotos. café da manhã com leite de vaca, legítimo. percatinha e o seu chifre de coração. paloma, grávida, chora de dor. todo mundo em direção ao pé de carambola, cheinho. Kauan sobe nele e joga carambola pra todos. muita prosa e história da fazenda. no rio, nada de banho. apenas histórias sobre o quanto ele é perigoso. e fotos, muitas fotos. banho na fonte (ou seria na bica?). banho mesmo, com shampoo e sabonete. frio. calor. primeira vez no cavalo. menina de cidade grande é assim, acha tudo lindo e exótico. o passeio a cavalo, uma grande aventura. a adulta aqui, só brinca de chuvinha. para as crianças, é bomba de 10, de 100, é foguetinho. no palco, "dançarinas "de forró seminuas tentam se equilibrar na coreografia. a música, definitivamente, não foi o melhor da noite. comidas típicas? que nada. nas barracas só espetinho e capeta, que eu dispenso, muito obrigada. em uma das noites, samba de roda. afinal, o recôncavo é logo ali e o samba chula já nasce nos pezinhos daqueles meninos que não paravam de dançar. Os instrumentos? assadeira, talheres, uma garrafa de 51 e a sanfona do nosso anfitrião na Tabua, não me lembro agora o nome dele. no retorno à roça, mais prosa. sempre a conversa boa antes de dormir. a fogueira não ascende direito, sabe-se lá porquê. mas ainda assim esquentou a noite. Nossa noite de São João foi no Coração de Maria. Lá estávamos bem e a fogueira, alta e forte. Vamos pra Jaqueira? Vamos! Papo, amendoim, violão, música, a lua sorrindo. belo lugar. tão perto, tão bom e simples. Voltei me perguntando: do que realmente preciso??

quarta-feira, 17 de junho de 2009


é gente criando e fazendo acontecer. gente que se dá, sem pensar em retorno. gente que ajuda, mas que também precisa de ajuda. gente que reclama para logo em seguida agradecer. gente que pensa não entender de nada mas que, na verdade, não vê a grandiosidade do tanto que entende. é gente sorrindo e chorando. é gente apaixonada por sua terra. é gente que insiste e persiste no sonho. é gente criança, querendo conquistar o mundo. é gente adulta, revoltada ao sentir que lutou em vão, mas que não desiste. é gente velha, que transmite sua história para jovens. é gente da capoeira, da dança, da dança, do candomblé. é gente do palco e da rua. gente do subúrbio. gente da academia, pesquisando gente. gente da tribo, do quilombo, do sertão, da capital.

"gente espelho da vida, doce mistério."
caetano

Na foto: crianças curtindo o Samba de Roda "Vôa Vôa Maria", na Ilha de Itaparica.

help.


O vazio retorna. Não pertence ao mundo nem a essa rotina louca. Estranha multidão. Energias alheias absorvem-na. Tantas vozes, tantas palavras soltas. Sonhos voltam a ficar distantes. Pensamentos flutuam e mudam e voltam ao que já foram um dia. a constância é ausente. permanece no ar, querendo estar no chão.


o que há por enxergar?