sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Navegando nesse mar de informações e imagens que é a internet, me deparei com um blog com lindas ilustrações, lúdicas, sensíveis. Uma delas em especial me fez lembrar uma capa adesiva que a minha mãe colava nos meus cadernos do maternal, eu adorava e se bobear tenho guardadas até hoje.

A capa, ops, a ilustração está logo acima.

O blog:
http://orangeyoulucky.blogspot.com/2009_09_01_archive.html


Tracei uma meta neste início finalzinho de inverno: ser uma mulher na casa dos 30 com um corpitcho mais ou menos sarado exposto ao sol do verão baiano. Para isso me matriculei em uma academia de ginástica classe média, dessas bem convencionais. Realmente é estranho. meus cabelos ganham um volume ainda maior diante de tantas chapinhas, minhas blusas estilo "Cultura é o que?" me deixam totalmente out diante das bermudas floridas e blusinhas decotadas tendências da estação. Atualmente quem vêm me mantendo a salvo dosm DVD´s que alternam entre o axé do momento e a Black Music americana é o Green Day e a Alessandra Leão. Mas os meus olhos se mantém ligados na TV enquanto busco percorrer distâncias cada vez maiores na esteira. O que vejo: videoclipes com mulheres cantando e simulando movimentos sexuais, acreditando estarem arraasando em coreografias sedutoras.

Ah, aqueles aparelhos de musculação. Isso sim é o mais estranho. Grandes aparelhos de tortura inspirados nos movimentos dos trabalhadores braçais. Se antes a necessidade esculpia o corpo dos homens, hoje em dia a vaidade é que desenha os músculos. Bom, só me resta dizer que os movimentos naturalmente realizados cumpriam melhor o seu papel. Nem de longe os boyzinhos classe média chegam perto daqueles pescadores negros registrados por Pierre Verger.

Bom, mas se tem uma coisa que venho aprendendo nessa vida é que é preciso ter um foco. Normalmente tenho vários, mas nesse caso estou decidida a retomar minha cachaça preferida que é a terapêutica endorfina. Run, Lola, Run na orla soteropolitana.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

domingo baiano.

Ontem fui à praia. Estendi a canga entre os escombros das barracas e o mar agitado de Stella Mares. Não havia ali um balde de lixo ou chuveiro pós-banho de mar mas havia espaço suficiente na areia e tranquilidade - coisa rara em um domingo de sol baiano. A fome bate e o queijo coalho assado na hora se apresenta como a única solução. Sereno é o cara que atende às inúmeras solicitações de pessoas famintas por algum tira-gosto praiano. Baiano de Itaberaba, viveu a maior parte de sua vida em São Paulo e hoje trabalha em Salvador. Mais um entre tantos, se diz plenamente adaptado ao ritmo urbano e não se vê morando novamente no interior onde "as pessoas dormem às sete da noite, a cidade fica deserta e sem nada para fazer." Bom, sobre esse assunto não quis criar polêmica... Sereno vende o maior queijo coalho que já encontrei na orla de Salvador. 4,00 a princípio, quase gritei de tão caro, ele fez por 3,00. Disse q vai montar um toldo desses que a prefeitura vai dar e vender seu queijinho pelo mesmo preço e tamanho. Só quero ver ...