sexta-feira, 29 de maio de 2009

borboleta ...


Ela se escondeu no escuro de um OVO
Por dias esperou chegar o momento
Em que iria mostrar-se para os olhos do povo
Vestida com a seda e o cheiro do vento

Ela fez-se LAGARTA antes da elegância
Rara feiúra perdida entre as flores
De belos jardins e risos de crianças.
Abraçou-se sedenta com seus mil dissabores

Passou noites chorando pingos de orvalho
Afogou-se cem vezes com a própria saliva
Do seu simples CASULO e entre os carvalhos
Ergueu-se qual fada com asas tão vivas

Num vôo rasante beijou horizontes
Encantou florestas com suas piruetas
Bebeu o néctar de todas as fontes
E por fim revelou-se BORBOLETA.
E por sim revelou-se LIBERDADE!


linda poesia de um amigo, a qual não pude deixar de me identificar.
Será cada nova e pequena descoberta é uma saída do casulo? Será cada nova luz na consciência, um novo olhar para o mundo, mais livre e leve?
acreditando que sim, continuo voando pelo mundo.

[11:59] Cleber Eduão: então vamos voar qual borboletas...

vamos sim!