Tracei uma meta neste início finalzinho de inverno: ser uma mulher na casa dos 30 com um corpitcho mais ou menos sarado exposto ao sol do verão baiano. Para isso me matriculei em uma academia de ginástica classe média, dessas bem convencionais. Realmente é estranho. meus cabelos ganham um volume ainda maior diante de tantas chapinhas, minhas blusas estilo "Cultura é o que?" me deixam totalmente out diante das bermudas floridas e blusinhas decotadas tendências da estação. Atualmente quem vêm me mantendo a salvo dosm DVD´s que alternam entre o axé do momento e a Black Music americana é o Green Day e a Alessandra Leão. Mas os meus olhos se mantém ligados na TV enquanto busco percorrer distâncias cada vez maiores na esteira. O que vejo: videoclipes com mulheres cantando e simulando movimentos sexuais, acreditando estarem arraasando em coreografias sedutoras.
Ah, aqueles aparelhos de musculação. Isso sim é o mais estranho. Grandes aparelhos de tortura inspirados nos movimentos dos trabalhadores braçais. Se antes a necessidade esculpia o corpo dos homens, hoje em dia a vaidade é que desenha os músculos. Bom, só me resta dizer que os movimentos naturalmente realizados cumpriam melhor o seu papel. Nem de longe os boyzinhos classe média chegam perto daqueles pescadores negros registrados por Pierre Verger.
Bom, mas se tem uma coisa que venho aprendendo nessa vida é que é preciso ter um foco. Normalmente tenho vários, mas nesse caso estou decidida a retomar minha cachaça preferida que é a terapêutica endorfina. Run, Lola, Run na orla soteropolitana.